UFTM: sua profissão aqui - Engenharia Ambiental

O curso de Engenharia Ambiental da UFTM está vinculado ao Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas - ICTE. Atualmente, oferta 52 vagas anuais e tem a duração de 10 semestres letivos. O curso iniciou suas atividades no ano de 2010. Com qualificado corpo docente, distribuído entre departamentos, componentes curriculares específicos ou de ciclo comum, o curso tem proporcionado aos egressos sólida formação e ao mercado de trabalho profissionais com reconhecida formação e competência técnica.

Docente na UFTM desde o ano de 2019, a professora Carla Eloísa Diniz dos Santos está vinculada ao Departamento de Engenharia Ambiental - DEAM, ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental - PPGCTA da UFTM, trabalhando também com componentes curriculares no curso de Engenharia Ambiental e em outras engenharias do ICTE.

A professora Carla concluiu mestrado (2014) e doutorado (2018) em Hidráulica e Saneamento na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP), campus São Carlos. Teve ainda oportunidade de realizar parte de sua pesquisa de doutorado na Universidade Politécnica de Gdańsk (GUT) na cidade de Gdańsk, na Polônia, abarcando relevante experiência na área de tratamento biológico de esgoto sanitário e efluentes industriais. Seu curso de graduação, bacharelado em Engenharia Ambiental, cursou na Universidade Estadual Paulista "Júlio Mesquita Filho" (UNESP), no campus de Presidente Prudente - SP, de 2007 a 2011, trazendo vivas ainda suas experiências de estágio: “meu primeiro estágio durante a graduação foi realizado nas férias entre o 6º e 7º período, quando trabalhei na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Matão/SP, minha cidade natal. Na época, pude acompanhar a execução de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatórios de Impacto Ambiental (RIMA) para projetos que seriam submetidos futuramente ao licenciamento ambiental junto à CETESB, e participei de ações de educação ambiental sobre reciclagem e arborização em escolas do município. Ao final do curso, realizei meu estágio obrigatório em uma indústria de abatimento de aves, acompanhando de perto o dia a dia da operação da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) industrial, experiência que me fez despertar o interesse em atuar mais profundamente na área de Saneamento Ambiental, que é um dos cernes da atuação do engenheiro ambiental”.

Sobre o perfil para ingressantes no curso de Engenharia Ambiental, professora Carla afirmou que, por ser um curso extremamente multidisciplinar, é importante que tenham habilidades em matemática, física, química e biologia, capacidade de bom relacionamento em grupo e expertise prévia em planilhas e outras ferramentas de informática. Quanto ao mercado de trabalho, mencionou uma consulta da coordenação de curso aos egressos do curso, realizada no final de 2023, observando-se que cerca de 80% deles atuam diretamente na área ambiental, seja em empresas, indústrias, consultorias especializadas, órgãos públicos (municipais, estaduais ou federais), setor agrícola, restauração florestal  e também em empresas próprias (autônomos).

Ainda quanto à atuação dos egressos, professora Carla elencou que as principais áreas de atuação são Saneamento (água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem), Tecnologia e Indústria (alimentícia, mineração, bebidas, farmacêutica, ferramentas, papel e celulose, sucroalcooleiras, etc), Infraestrutura, Energia, Recursos Hídricos, entre diversas outras. Destacou ainda que uma importante fração de egressos se encaminha para a pesquisa e a docência na educação superior e que a visão holística da Engenharia Ambiental, bem como a sólida formação dos cursos de engenharias do ICTE/UFTM oportuniza o perfil de "solucionador de problemas": “tal percepção, em minha opinião, é muito importante pois demonstra que a formação oferecida pelos cursos do ICTE permite que os profissionais sejam dinâmicos e tenham um perfil solucionador de problemas e  de liderança, amplamente cobiçado por bancos, startups e empresas do mercado financeiro também”, complementou.

Os cenários para a professora Carla são positivos e oficializam a demanda pela formação, “o engenheiro ambiental atua na otimização do uso dos recursos naturais e aumento da eficiência de processos produtivos, prevenindo, minimizando ou remediando impactos ambientais negativos, considerando efetivas e adequadas as relações das atividades do homem com o meio ambiente’, concluiu.

Com colação de grau iminente, a discente Theodora Rangel Carvalho já começa a fazer planos para seu futuro profissional. Segundo ela, a motivação que a levou a buscar pelo curso de Engenharia Ambiental foi o fato de ter crescido em uma família com forte consciência ambiental e, desde pequena, foi compreendendo os impactos das suas ações e seu papel como cidadã com o meio ambiente, “foi na minha adolescência que decidi tomar uma postura mais ativa e fazer mais pela sociedade. A Engenharia Ambiental sempre foi minha primeira escolha!”, destacou.

Durante o curso, Theodora participou ativamente de projetos, foi monitora das disciplinas de Hidráulica de Condutos Forçados, Biologia para Engenharia Ambiental e Cálculo II. Voluntariamente, além de monitora de outras disciplinas, participou de várias outras ações de ensino, extensão e educação ambiental, entre elas no Centro Acadêmico da Engenharia Ambiental – CAENGA e na Empresa Júnior de Soluções Ambientais – ESAMB.

O último estágio realizado por Theodora foi em uma empresa projetista do ramo do saneamento, localizada em São Carlos – SP, trabalhando com projetos de dimensionamento de Estações de Tratamento de Efluentes (ETE), Estações de Tratamento de Água (ETA), Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES), Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e estudos ambientais nessa área. Ficou sabendo desse campo de estágio por meio da coordenação do curso, mostrando-se realizada e reconhecendo a importância do diálogo e da proximidade com o corpo docente, que sempre tem excelente networking, “ver a aplicação do que foi aprendido em sala de aula foi incrível, e aprofundar meus conhecimentos na área do saneamento, melhor ainda. A Engenharia Ambiental da UFTM, muito atualizada, me preparou muito bem para o mercado de trabalho. Fui contratada para auxiliar em um projeto de SES, mas minha atuação dentro do departamento aumentou assim que mostrei que possuía uma expertise em outros tipos de estudos ambientais. Ademais, inseri a utilização de um novo software na empresa e, com ele, criei o padrão de mapas apresentados em propostas comerciais, apresentações e relatórios. A partir do mesmo software mostrei que é possível gerar bacias hidrográficas automaticamente, poupando dias de trabalhos dedicados ao traçado a mão”, explicou.

Quanto às expectativas para o mercado de trabalho, Theodora afirmou que o curso atua com constante preocupação acerca dos impactos que as atividades humanas causam ao meio ambiente e que, hoje, ser sustentável é uma iniciativa que agrega muito valor ao marketing corporativo, “mas não pense que engenheiros ambientais trabalham somente com recuperação de áreas degradadas! Nosso leque de atuação é imenso e engloba áreas como: Saneamento, Sistema de Informação Geográfica, Hidrologia, Gestão Ambiental, Mecânica dos Solos, Ecossistemas, Geologia Ambiental, Climatologia... É uma lista e tanto! O que não vai faltar é emprego” destacou, afirmando ainda que engenheiros ambientais conseguem com facilidade reconhecer todos os impactos de qualquer atividade, tornando-os excelentes analistas de casos, “nossa visão sobre o mundo é diferenciada e muito valorizada”, finalizou.

Este texto constitui parte do projeto de ensino “UFTM: sua profissão aqui”, desenvolvido pela Divisão de Apoio ao Ensino -  DAEN/DGE/PROENS, contando com parceria do Cefores e da Comunicação Social/UFTM. Mais informações podem ser consultadas pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Fotos:  arquivo pessoal dos participantes do projeto

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